Dados da Organização Mundial da Saúde dão conta de que a violência está ocorrendo cada vez mais cedo na vida das mulheres. Novo relatório desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde e outras entidades internacionais[1], denominado “Estimativas Globais, Regionais e Nacionais sobre Violência de Parceiros Próximos a Mulheres e Estimativas Globais e Regionais de Violência Sexual advinda de Não-Parceiros”, revelou que 25% das adolescentes e jovens, de 15 a 24 anos, já foram vítimas de violência de gênero.
[1] https://who.canto.global/s/KDE1H?viewIndex=0
Sem melhoras
Apesar dos esforços de governos e sociedade civil, o número global de violência contra as mulheres continua sendo ao redor de um terço, sem mudanças ou melhoras na última década.
E o agressor está na maioria dos casos é um parceiro ou uma pessoa conhecida da vítima.
Segundo a OMS, a violência a mulheres é endêmica em todos os países e culturas e afeta milhões de mulheres e famílias. E a pandemia da Covid-19 só serviu para piorar a situação.
Baixa Renda
A violência a mulheres é maior em países de rendas baixa. Cerca de 37% das cidadãs, entre 15 e 49 anos, em nações pobres sofreram violência física ou sexual de um parceiro. E em alguns países, este número sobe para a metade.
As regiões da Oceania, Sul da Ásia e África Subsaariana tiveram as maiores taxas entre mulheres de 15 a 49 anos. As menores ocorreram na Europa (de 16% a 23%), Ásia Central (18%), Ásia Oriental (20%) e Sudeste da Ásia (21%).
Já na América Latina e Caribe e na América do Norte, a taxa é de 25% cada.
A região menos violenta é o sul da Europa com 16%.
Para as agências da ONU, a prevenção da violência requer o enfrentamento de desigualdades socioeconômicas, acesso à educação e ao trabalho seguro além de mudanças de normas e instituições discriminatórias. Dentre as medidas que os países precisam promover e praticar estão salários iguais para homens e mulheres que desempenham a mesma função.
Tecnologia no Combate à Violência
Luxemburgo, França, Portugal e Espanha, o que esses países têm em comum? Em todos eles os agressores passaram a usar tornozeleira eletrônica que os impede de se aproximarem de suas vítimas, de modo a que sejam permanentemente vigiados.
E o resultado da utilização dessa tecnologia trouxe resultados positivos no combate às mortes por violência doméstica.
Em Portugal, o recurso a este aparelho para os agressores de violência doméstica tem aumentado de ano para ano. De acordo com os dados da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais portugueses, no mês de agosto de 2021 mais de 1.400 agressores utilizavam o aparato eletrônico.